Elon Musk anunciou que o Twitter terá um sistema pago para o selo azul de verificação.
O QUE HOUVE? No anúncio, feito em seu perfil no Twitter, Musk disse que o selo azul de verificado será atrelado a uma assinatura mensal de US$ 8, com valores ajustados para cada país.
“O sistema atual de lordes e camponeses do Twitter, para quem tem ou não o selo azul de verificação, é uma bobagem. Poder ao povo!”, disse ele.
Além do selo, a nova assinatura (mais cara que o Twitter, Blue, atual sistema de assinatura paga, que custa US$ 5/mês) trará outros recursos:
- Prioridade em respostas, menções e pesquisas, “algo essencial para acabar com o spam/golpes”, segundo Musk.
- Funcionalidade de publicar áudios e vídeos longos.
- Metade dos anúncios.
- Furar paywalls de publicações “que queiram trabalhar com a gente”.
Musk espera que, na outra ponta, a assinatura dê ao Twitter uma fonte de receita para recompensar criadores de conteúdo. Como? Ele não explicou.
OPINIÃO. O selo azul de verificação foi criado para atestar a veracidade de alguém na rede, ou seja, que uma pessoa ou empresa é quem diz ser, e não um sósia.
Ao condicionar a exibição do selo a uma mensalidade, esse propósito se perde. A ideia de Musk se escora numa concepção equivocada, porém difundida, de que o selo azul seria uma espécie de sinal de autoridade.
A mudança proposta por Musk institucionaliza essa noção torta do selo e, segundo especialistas, tem potencial para piorar o nível de desinformação no Twitter.
Via @elonmusk/Twitter (em inglês).