Nada é tão ruim que não possa piorar e o Twitter de Elon Musk é uma prova dessa máxima. Em várias partes do mundo, a rede social está derretendo.
O QUE HOUVE? Escritórios locais foram dizimados pelas demissões em massa promovidas por Musk.
Ryan Broderick, da newsletter Garbage Day, fez um apanhado dos eventos recentes:
- Sobrou uma dúzia de funcionários na Índia.
- Não sobrou quase ninguém no México e no continente africano.
- No escritório de Bruxelas, sobraram duas pessoas.
Há relatos de sistemas e funcionalidades quebrando do nada no Twitter. Coisas como filtros anti-spam ficaram malucas, deixando passar contas obviamente falsas e dando falsos-positivos em links legítimos.
O Twitter também encerrou o vínculo de trabalho com mais de 4 mil trabalhadores terceirizados neste fim de semana, segundo apuração do jornalista Casey Newton, da newsletter Plataformer, com possível impacto à moderação de conteúdo.
Segundo Zoë Schiffer, da newsletter Platformer, o Twitter colocou todo o código da empresa em modo “lockdown”, ou seja, os engenheiros e programadores não podem alterar o produto.
Poucas exceções poderão ser feitas por Musk. “Funcionários do Twitter com quem conversei não sabem ao certo o que está acontecendo”, escreveu Zoë no Twitter.
CULPA DE QUEM? No domingo (13.nov), Musk pediu desculpas pelo Twitter estar “super lento em muitos países”, outro sinal da decadência técnica da plataforma.
Musk deu uma explicação técnica ali de que o problema estaria em “chamadas de procedimento remoto [RPCs] ruins”, mas Ben Leib, ex-funcionário do Twitter responsável pela infraestrutura da timeline, retrucou:
“Como ex-líder de tecnologia para a infraestrutura de timelines do Twitter, posso dizer com confiança que esse homem [Musk] não tem a mínima ideia do que está falando.”
Scott Galloway, professor da Universidade de Nova York e pitaqueiro de primeira linha da big tech, disse à CNN que, no atual ritmo, não se surpreenderá se o Twitter ficar fora do ar semana que vem.
Via Garbage Day, @ZoeSchiffer/Twitter (ambos em inglês).