A Amazon está planejando demitir cerca de 10 mil funcionários em diversos setores, incluindo o de tecnologia, o que poderá ser a maior demissão em massa na história da empresa.
O QUE ACONTECEU? Segundo o NYT, que ouviu funcionários anônimos, os cortes serão concentrados nas áreas de dispositivos - incluindo a Alexa -, varejo e recursos humanos.
As demissões representariam menos de 1% de todos os funcionários da empresa, que hoje tem 1,5 milhão de empregados ao redor do mundo.
Em outubro, a Amazon deixou de preencher 10 mil vagas abertas em áreas no negócio de varejo e congelou contratações corporativas em toda a empresa pelos próximos meses.
CRISE? A pandemia produziu a era mais lucrativa já registrada da Amazon, com consumidores migrando para compras online e empresas para seus serviços de computação em nuvem.
Ainda de acordo com o NYT, entre 2017 e 2018 a Amazon dobrou a equipe dos dispositivos Echo e Alexa para 10 mil engenheiros. No entanto, esse mesmo departamento já chegou a perder U$5 bilhões.
Assim como muitas empresas na área de tecnologia nos EUA, no início deste ano, o crescimento da Amazon desacelerou e atingiu a taxa mais baixa em duas décadas.
Em 9.nov, a Bloomberg anunciou que a Amazon perdeu U$1 bilhão em valor de mercado desde que se tornou uma empresa pública no mercado de ações.
DEMISSÕES. Nas últimas semanas, milhares de funcionários foram demitidos das Big Tech. Em 4.nov, Elon Musk, novo dono do Twitter, demitiu cerca de 3,7 mil funcionários, metade da força de trabalho na empresa. Já em 9.nov, a Meta, empresa dona do Facebook, anunciou a demissão de 11 mil funcionários. Ambas as demissões foram as maiores em toda a história das empresas.