Tweets com termos associados à desinformação climática cresceram no Twitter de Elon Musk, aponta relatório elaborado por pesquisadores da Universidade de Londres a pedido do jornal britânico The Times.
“A negação climática no Twitter já era como um incêndio. Agora, é como se tivessem despejado um litro de gasolina”, disse a cientista climática Katharine Hayhoe.
Desde que assumiu o Twitter no final de outubro, Musk resolveu demitir milhares de funcionários, o que afetou a moderação e curadoria de conteúdo. Recentemente, por exemplo, foi reportado o aumento de tweets com conteúdo racista contra jogadores negros na Copa do Mundo.
CRESCEU. Entre os achados do relatório, está o aumento de tweets com termos associados à desinformação climática, em comparação aos anos anteriores. Foram 850 mil tweets em 2022, 650 mil em 2021 e 200 mil em 2020.
No Twitter, segundo os pesquisadores, o negacionismo climático se concentra em uma única hashtag, o que poderia facilitar a moderação da plataforma. Cerca de 40% dos tweets com desinformação na língua inglesa estavam com a hashtag #climatescam, em comparação a somente 2% no ano passado.
A tag se tornou um dos principais resultados sugeridos pelo Twitter ao se pesquisar sobre mudanças climáticas, apesar do conteúdo entrar com conflito com políticas relacionadas a desinformação.
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