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O TikTok promove conteúdo prejudicial sobre transtornos alimentares e automutilação no feed de seus usuários, concluiu o estudo de uma ONG dos EUA.

QUE ESTUDO? O "TikTok parents guide" (guia do TikTok para pais), do CCDH (centro de contenção do ódio digital, na sigla em inglês).

Os pesquisadores criaram contas no aplicativo para usuários de 13 anos nos EUA, no Reino Unido, na Austrália e no Canadá, com o objetivo de analisar seu algoritmo. Elas foram divididas em dois tipos de perfil: "adolescente vulnerável", com um nome de usuário que indicava preocupação com imagem corporal, e "adolescente padrão".

Por 30 minutos em cada conta analisada, os estudiosos viram e curtiram todos os vídeos que foram apresentados sobre distúrbios alimentares, imagem corporal e saúde mental.

A capa do estudo. (Reprodução)

QUAIS FORAM AS CONCLUSÕES?

  • Bastaram alguns minutos para que o TikTok começasse a apresentar vídeos sobre suicídio (2,6 minutos) e transtornos alimentares (8 minutos).
  • Conteúdos sobre transtorno alimentar no TikTok somam mais de 13,2 bilhões de visualizações.
  • Criadores pró-transtorno alimentar usam hashtags codificadas para fugir da moderação, como algumas que usam o nome do cantor Ed Sheeran (que já revelou sofrer de transtornos alimentares e de imagem).
  • Os vídeos podem prejudicar a saúde mental dos adolescentes mesmo quando não celebram transtornos alimentares e automutilação.
  • As contas de jovens "vulneráveis" foram expostas três vezes mais a vídeos nocivos e 12 vezes mais a conteúdos de automutilação do que as de adolescentes "padrão".

E AGORA? Na seção de recomendações do estudo, a ONG propõe que o TikTok forneça transparência total sobre seus algoritmos e a aplicação de suas regras, ou seja obrigada por reguladores a fazê-lo.

Para ler o relatório na íntegra, clique aqui.

Edição Alexandre Orrico
TikTok
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