O TikTok tem sido usado para disseminar conteúdo neo-nazista, incluindo material relacionado ao massacre de Christchurch na Nova Zelândia em 2019, segundo relatório do Institute for Strategic Dialogue (ISD).
A pesquisa aponta que os usuários estão sendo expostos a esse tipo de conteúdo usando hashtags criadas para desviar a atenção dos moderadores da plataforma. Os pesquisadores alertam que o conteúdo pode ser usado para recrutar jovens para células extremistas.
O estudo foi divulgado com exclusividade pela VICE e pode ser acessado em inglês aqui.
TEM QUE ACABAR A INTERNET. Durante um curto período de monitoramento, o relatório encontrou 33 vídeos e 20 contas glorificando o ataque de Christchurch. Todas as contas usavam uma imagem do atirador como foto de perfil.
16
são vídeos do próprio atirador, republicados pelos usuários;15
foram postagens glorificando sua imagem;28
dos33
vídeos foram publicados no TikTok entre jan – mar.2023, enquanto os outros 5 foram publicados em ago.2022;2,6 mil
é a média de visualizações para os vídeos, mas a postagem mais popular teve 13 mil visualizações.
COMUNIDADE. Segundo o item Conteúdo Violento e Explícito das Diretrizes de Comunidade do TikTok, a rede diz não permitir "conteúdo que seja excessivamente macabro, explícito, sádico ou horrendo, ou que promova, normalize ou exalte a violência ou o sofrimento extremo em nossa plataforma".
O nome do autor do massacre de Christchurch é um dos poucos nomes de extremistas banidos do mecanismo de busca da plataforma.
VOCÊ SABIA? Em 26.jan.2023, o Núcleo publicou uma reportagem denunciando uma comunidade internacional de culto a atiradores escolares, supremacistas brancos e assassinos no TikTok. Dias depois, a plataforma removeu 30
hashtags do grupo que somavam mais de 300 milhões
de visualizações.