Meta exige “nomes reais” de pessoas que pagam pelo Meta Verified

Exigência é vista como um risco a pessoas de grupos minorizados.

O Meta Verified, programa de assinatura paga do Facebook e Instagram, exige que os participantes exibam seus nomes legais nos perfis.

Essa exigência apresenta um risco a certos grupos, como trabalhadores sexuais e criadores de conteúdo transgênero.

O QUE HOUVE? O programa, lançado nos Estados Unidos, Austrália e Nova Zelândia, oferece algumas vantagens em troca de uma mensalidade de US$ 11,99/mês (ou R$ 14,99 no iOS ou Android).

No Brasil, quando for lançado, o Meta Verified custará R$ 79,90 por mês.

Uma das vantagens é a verificação de perfil. Para tanto, a pessoa assinante precisa enviar um documento oficial válido e informar seu nome legal completo.

O que algumas pessoas interessadas no Meta Verified descobriram é que o programa obriga o uso do nome legal nos perfis verificados no Facebook e/ou Instagram.

Isso é um problema para perfis que trabalham atrás de pseudônimos, como trabalhadores sexuais e criadores transgênero, que correm o risco de serem identificados e sofrerem retaliações e até mesmo ameaças.

Ao TechCrunch, a criadores de conteúdo adulto Pomma disse que é como se “por US$ 15, eles fizessem doxxing de você”.

Doxxing é a prática de divulgar informações privadas de alguém contra a vontade dessa pessoa.

OUTRO LADO. Um porta-voz da Meta explicou ao TechCrunch que quem assina o Meta Verified pode abreviar nomes do meio e usar alguns apelidos abreviados, como “Ben” em vez de “Benjamin”.

Para alterar o nome, é preciso cancelar a assinatura do Meta Verified. Feito isso, a pessoa pode assinar novamente para tentar usar a nova variação do próprio nome.

REINCIDÊNCIA. Não é a primeira vez que a Meta se envolve em uma polêmica do tipo.

Até 2014, o Facebook tinha uma rígida política de “nomes reais” que proibia o uso de pseudônimos, de maneira similar ao que está sendo imposto ao Meta Verified.

A política ainda existe, mas a Meta se desculpou pela rigidez dela e a flexibilizou. Hoje, pessoas que usem pseudônimos têm a chance de explicar a situação e mantê-lo em uso.

Via TechCrunch (em inglês).

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