A recente cruzada do pastor André Valadão, da Igreja Evangélica Lagoinha, contra o mês do orgulho LGBTQIA+ está cada vez mais sendo judicializada.
O Ministério Público Federal de Minas Gerais fez uma Ação Civil Pública para que conteúdos audiovisuais recentes do pastor sejam retirados do ar por força de pedido judicial.
Para o MPF, o religioso usou de suas redes sociais, com mais de 10 milhões de seguidores, para pregar discriminação à população LGBTQIA+, inclusive incitando a violência física.
RESPOSTAS. Em nota à imprensa, o MPF encaminhou ofícios à Meta e ao Google Brasil para avaliar os vídeos sob as diretrizes das próprias plataformas.
O Google respondeu que o vídeo foi revisado mas que "não foi removido por violação das diretrizes da Comunidade". A Meta sequer respondeu.
Na própria peça do MPF as plataformas são criticadas por uma suposta inação frente à conteúdos similares.
"Vale frisar que a inércia das plataformas gera um ambiente de anomia, que cria a sensação de que existe um direito absoluto à liberdade de expressão que permite às pessoas humilhar, ofender a dignidade, incitar o ódio e a exclusão de grupos vulneráveis, inclusive em uma escalada violenta, como se viu no presente caso”.
