Funcionários seniores do YouTube estão preocupados com os vídeos curtos da plataforma, chamados Shorts.
O QUE HOUVE? O Financial Times afirma ter ouvido de alguns desses funcionários relatos de reuniões de estratégia do YouTube.
Nelas, foi manifestada a preocupação de que os Shorts estejam canibalizando os vídeos longos, que são mais lucrativos à companhia.
A popularidade entre criadores e o apetite da audiência pelos Shorts estariam “matando” os vídeos longos.
CONTEXTO. O YouTube lançou os Shorts em 2021 em resposta ao sucesso avassalador do TikTok.
O formato é muito parecido com o do aplicativo chinês: vídeos verticais, curtos (até 60 segundos no YouTube) e mais despojados e, portanto, mais fáceis de produzir.
Dois bilhões de usuários do YouTube consomem Shorts todo mês.
OK, MAS… O FT destaca que, em out.2022, o Google divulgou o primeiro declínio em receita do YouTube desde que abriu esse dado, em 2020.
A tendência de queda continuou nos dois trimestre seguintes e só foi revertida no segundo trimestre de 2023, com um aumento de 4,4%.
Apesar disso, a preocupação das fontes ouvidas pela publicação inglesa reside no fato de que os criadores estariam produzindo menos vídeos longos.
Em uma reunião, segundo esses relatos, um funcionário teria comparado a preferência das pessoas a vídeos curtos à de menos pessoas lendo livros (!), pois eles demandam mais tempo e foco.
Saudade de quando as pessoas paravam 10 minutos da vida para prestar atenção a um vídeo. Aquele tempo é que era bom.
OUTRO LADO. O YouTube disse ao Financial Times que os Shorts foram “feitos para complementar, não para competir com outros formatos que os criadores usam”, e que a plataforma não é “um jogo de soma zero”.
Via Financial Times (em inglês).
Post feito em parceria com o Manual do Usuário
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