Nesta quarta-feira (12.out), o Lula fez campanha no Complexo do Alemão, no Rio, usando um boné com as letras CPX.
O influenciador bolsonarista Leandro Ruschel, que já não sabe fazer churrasco, fingiu não saber o que é CPX.
O que quer dizer esse "CPX" no boné que Lula usou ao fazer ato de campanha no Complexo do Alemão?
— Leandro Ruschel 🇧🇷🇺🇸🇮🇹🇩🇪 (@leandroruschel) October 12, 2022
CPX é só uma abreviação de "complexo", termo usado para se referir a comunidades do Rio, como a do Alemão.
Mas alguns apoiadores do atual presidente tentaram criar um factoide, associando as letras ao Comando Vermelho. Entre eles, André Porciuncula, ex-secretário da Lei Rouanet e candidato derrotado a deputado federal, e o filho mais velho do presidente, o senador Flavio Bolsonaro.
Mais uma coincidência de simpatia pelo tráfico de drogas? pic.twitter.com/Lq2W8lNZAr
— Flavio Bolsonaro #B22 (@FlavioBolsonaro) October 13, 2022
O PT não é um partido, é uma facção! pic.twitter.com/FTJVFZ9SW2
— André Porciuncula 2️⃣2️⃣ (@andreporci) October 12, 2022
O assessor da presidência Filipe G. Martins, conhecido como Sorocabannon, deletou seu tweet com a mentirinha. Mas, até a manhã desta quinta-feira (13), vários outros posts com a fake news continuavam no ar.
Ele apagou, mas o print é eterno. O assessor especial do presidente Bolsonaro afirmando que a ida do Lula ao CPX (Complexo) do Alemão foi um "salve" para o tráfico, sendo que quem faz a segurança do Lula é a Polícia Federal. O que ele quis dizer com isso? pic.twitter.com/IV99bCfRrp
— Desmentindo Bolsonaro (@desmentindobozo) October 13, 2022
Talvez tenha sido uma tentativa de abafar o vexame dos bolsonaristas em Aparecida.
Após as cenas de bolsonaristas agredindo padres e jornalistas em Aparecida gerarem um pico de menções negativas para Bolsonaro, o bolsonarismo resolveu disseminar nova fake news utilizando o boné com a sigla CPX (complexo) que Lula utilizou durante agenda no Complexo do Alemão. pic.twitter.com/q5MeJgEqx9
— Pedro Barciela (@Pedro_Barciela) October 13, 2022
O boné foi um presente do Rene Silva, fundador da ONG Voz das Comunidades. A história toda está explicada neste vídeo:
Se as letras fossem CPCBN, IPNM ou mesmo VVNDSDBRR, talvez os bolsonaristas não enxergassem problema, mas estou só especulando.
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