Nesta quarta-feira (26.out), o Alexandre de Moraes, atual presidente do TSE, indeferiu a petição da campanha do Bolsonaro segundo a qual rádios do Nordeste estariam omitindo inserções do atual presidente.
Na decisão, o ministro cogitou um "possível cometimento de crime eleitoral com a finalidade de tumultuar o segundo turno".
E ainda encaminhou os documentos ao inquérito das fake news.
O ministro apontou possível "cometimento de crime eleitoral com a finalidade de tumultuar o segundo turno do pleito em sua última semana" e mandou o caso para ser avaliado dentro do inquérito das fake news, que é relatado por ele mesmo no STF: https://t.co/rtDm1cnptB
— Folha de S.Paulo (@folha) October 26, 2022
Antes da decisão, estudiosos, jornalistas e agências de checagem já vinham apontando inconsistências na auditoria contratada pelo PL.
O Bolsonaro convocou uma coletiva logo em seguida e anunciou que recorreria da decisão — citando sua surradíssima metáfora — "dentro das quatro linhas da Constituição".
O tom da fala foi ameno para os padrões do presidente, mas, segundo apurou a Globo News, ministros e aliados se negaram participar da coletiva e o demoveram de sua ideia inicial, que era "radicalizar" propondo o adiamento do segundo turno.
Para citar uma palavra cara aos bolsonaristas, a "narrativa" parece ter mudado bastante de 2018 para cá.
E, por falar em narrativa, a nova polêmica parece ter abafado mesmo o caso Roberto Jefferson, que não completou nem uma semana ainda.
Há quem tenha enxergado na coletiva uma espécie de discurso antecipado de derrota.
Mas o senador Flavio Bolsonaro (Republicanos-RJ) está prometendo que as empresas de auditoria soltarão nesta quinta-feira (27.out) notas "que vão chocar o Brasil".
E a deputada federal bolsonarista Bia Kicis (PL-DF) alardeou a "convocação" das Forças Armadas pelo presidente depois da decisão.
Adiamento do segundo turno, terceiro turno: lembrando que nada disso é normal.