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Ontem à noite o Touro de Ouro, aquela escultura de visu duvidoso colocada em frente à B3, a Bolsa de Valores de São Paulo, foi guinchado e retirado da rua.
O investidor e influencer Pablo Spyer, que coincidentemente é conhecido pelo apelido "Tourinho de Ouro" (?!) é um dos "pais" do bicho e filmou o momento em que o Tourão tomou gancho.
A CPPU, Comissão de Proteção à Paisagem Urbana, é responsável pelo cumprimento das regras da Lei Cidade Limpa e julgou o Touro de Ouro uma peça de "publicidade irregular". Além de ser conhecido como Tourinho de Ouro, o Pablo apresenta um programa na Jovem Pan chamado MINUTO TOURO DE OURO, e é presidente de uma empresa chamada VAI, TOURINHO.
Os seguidores do Pablo ficaram desolados – e aparentemente não entenderam que a escultura simplesmente não tinha licença.
Muitos deles entenderam a remoção como censura, coisa que não acontece com os monumentos da "esquerda" (?!). Claro que entenderam a decisão como política (?!!!), e não técnica, e se você acha que o nível de delírio já atingiu o máximo, calma: ainda tiveram vários seguidores que reclamaram da remoção da estátua ENQUANTO. A CRACOLÂNDIA. CONTINUA LÁ (?!?!?!).
Parece que o pessoal está perdendo de vista uma diferença ÓBVIA:
Mas não é exatamente surpresa que uma galera tão confusa quanto os seguidores do Pablo entenda a diferença.
Coincidentemente, na manhã antes da remoção, o Touro tinha acabado de ser visitado pelo Boça, a memorável caricatura paulistana do coletivo de humor Hermes e Renato feita pelo ator Felipe Torres, lembrado em vários memes quando a escultura foi desovada lá na B3.