Para onde foram R$250 milhões em publicidade online da Secom

Desde 2016 a SECOM já desembolsou cerca de R$1,47 bilhão com publicidade, sendo 17% apenas em anúncios online
No segundo plano vê-se a bandeira do Brasil em tons de verde. À frente, moedas com logotipos de empresas de Big Tech.
Arte: Rodolfo Almeida

Nos últimos 8 anos, a internet passou a ser uma parte cada vez maior de estratégias de comunicação política. No governo federal, a Secretaria de Comunicação Social (SECOM) é o principal órgão responsável por promover o poder Executivo, especialmente a Presidência da República – sendo, assim, uma poderosa ferramenta de publicidade.

Desde 2016 a SECOM já desembolsou cerca de R$1,47 bilhão com publicidade através de agências externas, sendo R$248 milhões (17%) apenas em anúncios online (em redes sociais ou sites de notícia, por exemplo).

É dinheiro para um caramba.

Claro, é grana de pinga para as Big Tech, mas esse dinheiro movimenta bastante empresas menores, como agências e sites de jornalismo.

Não é necessário ser um mago dos gráficos para notar que a televisão é uma grande força publicitária no Brasil: é mais cara para anunciar, mas chega mais longe, com grande alcance.

Os anúncios online, por sua vez, têm sido consistentemente a segunda maior categoria de investimentos da SECOM. A rubrica Internet, sob a qual são registrados os gastos com anúncios em plataformas digitais, teve seu pico em 2023, sob o governo Lula, com R$45,5 milhões empenhados – o maior patamar analisado já considerando a inflação.


🧠 Teste seu conhecimento

Quanto você acha que a empresa recebeu da Secom desde 2016 em publicidade online? Escreva aqui seu palpite sobre o montante total e vou dizer se está perto ou longe, lembrando que tratam-se apenas de anúncios feitos na internet.


COMO FIZEMOS ISSO

O Núcleo utilizou dados disponíveis no portal de "Informação de cronologia de pagamentos e execução contratual SECOM", criando um bot que automaticamente puxa dados disponíveis nessa página. O código do bot está disponível neste link.

Os valores financeiros foram reajustados utilizando o IPCA com base em dez.2023, a partir do pacote R deflateBR.

Texto, dados e gráficos Sérgio Spagnuolo
Edição Rodolfo Almeida

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