O Twitter pretende liberar o acesso ao fluxo total da sua rede social à equipe de Elon Musk, o bilionário que quer (ou queria?) comprar a empresa por US$ 44 bilhões.
O QUE HOUVE? Musk acredita que o Twitter subestima o número de robôs spammers em sua plataforma. Segundo estimativas oficiais, essas contas falsas responderiam por 5% do total de usuários.
Mais contas falsas implicam em menos olhos de pessoas de carne e osso para verem anúncios, o que leva a receitas menores.
Musk ameaça desfazer o negócio se o Twitter não puder provar que as contas falsas são, de fato, apenas 5% do total. Na segunda (6), ele oficializou o receio enviando uma carta à SEC (o equivalente norte-americano da nossa CVM).
Para muitos observadores, Musk está tumultuando o acordo para não honrá-lo ou forçar o Twitter a renegociar o preço. Em caso de desistência, ele teria que pagar “apenas” US$ 1 bilhão.
“MANGUEIRA DE INCÊNDIO”. Segundo o Washington Post, que antecipou a notícia, a direção do Twitter quer que a empresa seja vendida, por isso vai abrir o fluxo total de dados da plataforma. Em inglês, esse fluxo sem filtros é chamado de “firehose”, ou mangueira de incêndio.
Hoje, pouco mais de 20 empresas e parceiros do Twitter têm acesso a esse fluxo. Não é pouca coisa: estima-se que sejam publicados 500 milhões de posts por dia no Twitter.
A “mangueira de incêndio” inclui conteúdos dos posts e meta dados, como os dispositivos usados para a postagem, geolocalização, operadora de celular e muito mais. O acesso é restrito porque os dados são valiosos.
NO QUE VAI DAR? A própria liderança do Twitter não acredita que Musk e sua equipe conseguirão encontrar algo que eles desconheçam.
De qualquer forma, a sua parte o Twitter terá feito. Neste jogo de xadrez corporativo, agora é a vez de Musk fazer a sua jogada.
Via Washington Post (em inglês).
Post feito em parceria com o Manual do Usuário
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