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Para entender a leva de demissões da Meta – maior conglomerado de redes sociais do mundo, dona do Facebook, do Instagram e do WhatsApp – é preciso entender o rombo no valor de mercado que a empresa registrou neste ano, o que afeta diretamente a remuneração de acionistas e, claro, executivos das empresa.

QUAL O BURACO? A empresa fechou 2021 com um valor de mercado (market capitalization, em inglês) de U$922 bilhões, um recorde para a empresa desde que abriu o capital em 2012.

E AGORA? O valor de mercado da empresa nesta quarta-feira (9.nov.2022) é de cerca de US$270 bilhões, segundo o site da Nasdaq – isso porque as ações da empresa são subindo fortemente após o anúncio das demissões (mercado financeiro adora demissões).

Numa conta básica arredondada dá um derretimento de cerca de US$650 bilhões em menos de um ano.

CONTEXTO. A empresa tem enfrentado algumas dificuldades neste ano, mais notavelmente:

  • Prejuízo com sua divisão de metaverso, na qual está investindo US$10 bilhões e, aparentemente, pouca gente tem interesse agora, nem mesmo dentro da empresa;
  • Segundo o fundador e CEO, Mark Zuckerberg, a empresa cometeu um "erro de cálculo" por conta da pandemia, quando houve uma alta desproporcional do comércio eletrônico que a empresa achou que fosse continuar;
  • Queda no número de usuários ativos mensais (MAP, na sigla em inglês) do Facebook, um de seus maiores produtos;
  • A reputação da empresa frente ao público não é das melhores. Vazamentos como Facebook Papers e gráficos feios do Metaverso serviram de publicidade negativa para a empresa nos últimos tempos;
  • Por fim, há um cenário ruim para empresas de tecnologia em geral, especialmente por conta de pressões macroeconômicas nos EUA. Twitter, Lyft, Stripe (pagamentos) demitiram funcionários, enquanto Apple, Google e Amazon congelaram contratações para economizar.
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