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O bilionário Christopher Hohn quer que a Alphabet, dona do Google e do YouTube, demita 20% de sua força de trabalho (cerca de 35 mil pessoas), a fim de cortar custos e dar mais resultado a investidores.

Em uma carta endereçada ao CEO Sundar Pichai ele também pede que a holding reduza a compensação de funcionários, já que "paga alguns dos maiores salários do Vale do Silício".

Na semana passada, o Google informou que cortará 12 mil de seus 187 mil postos de trabalho.

POR QUE IMPORTA? A palavra de Hohn tem peso. A gestora de fundos dele, a TCI, detém mais de US$6 bilhões em ações da Alphabet, e o investidor tem pressionado a empresa desde o fim ano passado a cortar funcionários.

ESTRUTURA. Hohn elogiou a decisão recente da Alphabet de demitir 12.000 funcionários, mas argumentou que a força de trabalho da empresa cresceu "além do que é exigido operacionalmente", tendo mais do que dobrado nos últimos 5 anos, chegando a quase 190 mil pessoas.

"Nossas conversas com ex-executivos da Alphabet sugerem que o negócio poderia ser operado mais eficientemente com significativamente menos funcionários", disse Hohn em uma carta à Alphabet em nov.2022.

A carta vinha acompanhada do seguinte gráfico (refeito pelo Núcleo):

SALÁRIOS. Em novembro, Hohn afirmou, com base em documentos da empresa e análise da S&P Global, que a compensação mediana da Alphabet a seus funcionários foi de quase US$300 mil por ano em 2021, 67% acima da Microsoft e 153% maior do que as 20 maiores empresas de tecnologia de capital aberto.

Segundo o Wall Street Journal, Pichai disse que o Google iria cortar os bônus de altos executivos (acima de vice-presidente sênior) após as recentes demissões.

Texto Sérgio Spagnuolo
Edição Alexandre Orrico
GoogleAlphabetMicrosoft
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