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De 30 anúncios veiculados nos últimos sete dias sobre o PL 2630 no Facebook e Instagram, 28 são negativos e atrelam o projeto de lei a uma tentativa de censura, segundo dados da Biblioteca de Anúncios da Meta.

O Núcleo buscou na plataforma por anúncios de temas políticos e sociais com o termo '2630' que tenham sido impulsionados nas redes desde a última terça-feira (25.abr.2023), quando o plenário da Câmara dos Deputados aprovou o requerimento de urgência do projeto de lei.

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O PL 2630/2020, cujo nome oficial é Projeto de Lei de Responsabilidade e Transparência para Plataformas Digitais, foi proposto originalmente pelo senador Alessandro Vieira (PSDB-SE). A lei visa regular o funcionamento de plataformas digitais e aplicativos de mensagem no Brasil e estabelece uma série de obrigações para as empresas provedoras.

O deputado federal Luiz Philippe de Orleans e Bragança (PL-SP) foi quem mais promoveu anúncios: 5 em 7 dias. Todos foram veiculados com o mesmo texto, que alega falsamente que o PL 2630 impedirá cidadãos de "criticar políticos e o governo nas redes sociais".

O falso argumento de que o PL 2630 implicaria em 'censura religiosa', que vem sendo promovido por parlamentares da direita, aparece em ao menos cinco anúncios. "Sabemos que esse PL 2630 que diz combater Fake News, está sendo usado para calar o povo de Deus. Muitos versículos poderão ser proibidos de serem mencionados em púlpitos de igrejas", diz um dos anúncios.

FAVORÁVEIS. Apenas dois anúncios impulsionados com o termo '2630' são favoráveis à aprovação do texto. Um foi publicado pelo deputado federal Orlando Silva (PCdoB-SP), que é relator do texto na Câmara dos Deputados, e o outro pela página Sleeping Giants Brasil.

PLATAFORMAS

O Google impulsionou dois anúncios na última semana sobre o PL 2630. Ambos constam como inativos, ou seja, não estão mais aparecendo para usuários.

O mais recente, que foi exibido entre 1.mai e 2.mai, custou entre R$200 mil e R$250 mil reais e recebeu mais de 1 milhão de impressões.

Facebook, Instagram e Twitter não impulsionaram nenhum anúncio nas plataformas da Meta na última semana.

Texto Laís Martins
Edição Alexandre Orrico
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