YouTube remove vídeos que promovem "curas prejudiciais ou ineficazes”

A plataforma removerá conteúdo de tratamentos prejudiciais/inúteis contra câncer e desencorajamento de tratamento médico profissional, aplicando políticas baseadas em risco à saúde pública e orientações globais.

O YouTube anunciou hoje (15.ago.23) que removerá conteúdo que promova tratamentos comprovadamente prejudiciais/ineficazes contra uma série de doenças, que desencorajem a busca por tratamento médico profissional.

A plataforma também passou a considerar como desinformação médica vídeos que oferecem “instruções para métodos de aborto inseguros” ou propagam “alegações falsas sobre a segurança do aborto”.

Durante a pandemia, a plataforma atuou de forma semelhante, removendo vídeos de desinformação sobre vacinas contra a COVID-19 em out.20 e proibindo completamente a desinformação sobre vacinas em 2021.

COMO VAI FUNCIONAR? As atuais políticas de desinformação médica serão simplificadas em três categorias: prevenção, tratamento e negacionismo.

Essas políticas serão aplicadas a condições de saúde específicas, tratamentos e substâncias onde o conteúdo contradiga as autoridades de saúde locais ou a Organização Mundial da Saúde (OMS).

  • PREVENÇÃO: remoção de conteúdo que contradiga as orientações das autoridades de saúde sobre a prevenção e transmissão de condições de saúde específicas, bem como a segurança e eficácia das vacinas aprovadas;
  • TRATAMENTO: remoção de conteúdo que vá contra as diretrizes das autoridades de saúde sobre tratamentos específicos, incluindo aqueles que promovam substâncias ou práticas prejudiciais, como a promoção do cloreto de césio como tratamento para o câncer;
  • NEGACIONISMO: remoção de conteúdo que questione a existência de condições de saúde específicas. Isso abrange conteúdo que negue mortes causadas pela COVID-19.

CRITÉRIOS. Para determinar a inclusão de uma condição, tratamento ou substância nas políticas de desinformação médica, o YouTube avaliará a sua associação com alto risco à saúde pública, a disponibilidade de orientações de saúde globais ao público e a sua propensão geral à desinformação.

Via The Verge e YouTube Blog (ambos em inglês)

Texto Sofia Schurig
Edição Alexandre Orrico

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