Omegle foi de base por acordo em processo de abuso sexual infantil

No auge da quarentena da pandemia, o Omegle ressurgiu em popularidade, especialmente entre os jovens no TikTok.

O Omegle, uma plataforma de bate-papo por vídeo que esteve ativa por 14 anos, encerrou as operações. A empresa citou como um dos motivos o aumento do uso indevido da plataforma, incluindo a prática de “crimes indizivelmente hediondos”.

A decisão resultou de um acordo firmado em 2.nov.23 para encerrar um processo envolvendo abuso sexual infantil.

PRA QUEM NÃO CONHECE. O site foi fundado em 2009 por Leif K-Brooks quando ainda era um estudante do ensino médio.

Na plataforma, os usuários podiam iniciar conversas de forma anônima ao clicar em um botão, sendo aleatoriamente conectados a outros participantes, sem a necessidade de cadastro prévio. As pessoas também tinham a opção de adicionar tags com interesses para se conectar a pessoas com afinidades semelhantes.

MAS JÁ NÃO TAVA MORTO? A plataforma se tornou popular novamente durante a quarentena da pandemia, principalmente entre jovens no TikTok.

Alguns criadores de conteúdo brasileiros produziam conteúdo específico impressionando gringos ao dizer que o Brasil é um país normal, com luz, asfalto e água encanada. Sim, é isso aí mesmo.

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Em outubro, aproximadamente 50 milhões de usuários visitaram o Omegle, segundo uma análise da SimilarWeb.

O retorno do Omegle durante a pandemia também fez explodir as acusações de abuso e exploração sexual infantil.

SE LIGA NA TIMELINE. Em 2021, uma mulher moveu uma ação judicial contra o Omegle, buscando uma indenização de US$ 22 milhões. A reclamante afirmou que, aos 11 anos, foi conectada a um adulto que a explorou sexualmente, levando à posterior prisão do indivíduo por posse de pornografia infantil, incluindo material relacionado à demandante.

Um juiz, em jul.2023, determinou que o Omegle não poderia se beneficiar da proteção da Seção 230 da Lei de Decência nas Comunicações dos Estados Unidos. Essa lei protege os operadores de plataformas digitais de responsabilidade pelas ações de seus usuários, mas o juiz argumentou que o design próprio do site foi a causa do dano, não a comunicação entre os usuários.

Outro processo, aberto em 28.set por uma vítima adicional de abuso sexual, apresenta alegações semelhantes. A autora afirma que, enquanto menor de idade em 2020, foi emparelhada no Omegle com um homem adulto que a coagiu a enviar imagens explícitas.

Via 404media (em inglês)

Texto Sofia Schurig
Edição Alexandre Orrico

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