O X, antigo Twitter, removeu o Brasil da lista de países onde anúncios políticos são permitidos.
Até às 13 horas da sexta-feira (3.mai.24), essa mudança não constava no log de alterações na política para publicidade política, mas o nome do país foi removido da lista na página oficial.
No final de abril, o Google optou por interromper a distribuição de anúncios políticos via Google Ads, afetando plataformas como o YouTube, devido às normativas consideradas muito exigentes e tecnicamente difíceis de serem cumpridas pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para as eleições de 2024.
As novas diretrizes obrigam redes e plataformas a:
- Criar e manter bibliotecas de anúncios de conteúdo político e eleitoral nas plataformas como medida permanente, inclusive em anos não eleitorais e;
- Disponibilizar ferramentas de consulta por palavras-chave, termos de interesse e nomes de anunciantes, além de coletar dados sobre os anúncios.
Em 2019, o Twitter decidiu por banir globalmente a publicidade política, mas a decisão foi revertida por Elon Musk. Em 2023, a rede social autorizou a publicidade de conteúdo de jogos de azar no Brasil com restrições, aponta uma página de transparência do X.
Anúncios de bebidas alcoólicas no Brasil (apenas para bebidas alcoólicas com dosagens inferiores a 13%) foram liberados em 2021, e em 2022 a plataforma autorizou publicidades sobre assuntos financeiros, NFTs e criptomoedas para usuários brasileiros.
O X define publicidade política como anúncios que mencionam um candidato, partido político, funcionário do governo eleito ou nomeado, eleição, referendo, medida eleitoral, legislação, regulamentação, diretiva ou resultado judicial.
Anúncios que advogam a favor ou contra, apelam diretamente por votos ou solicitam apoio financeiro também são considerados anúncios de campanha política.