Pão ou fóssil?

Enquanto o Twitter não morre de vez, ainda tem gente fazendo conteúdo científico bacana por lá, como a bióloga Beatriz Marinho Hörmanseder, que conquistou nossos corações na tour Fóssil x Pão.

Bom dia! Aqui é a Chloé Pinheiro. Enquanto o Twitter não morre de vez, ainda tem gente fazendo conteúdo científico bacana por lá, como a bióloga Beatriz Marinho Hörmanseder, que conquistou nossos corações na tour Fóssil x Pão. Ela conta na nota do convidado a experiência com os posts. Nas notas, descobertas do reino animal que talvez tenham passado batido por você. Este é o Polígono desta terça, 4.abr:

Notas rápidas

Rumo à lua
A Nasa anunciou ontem quem são os membros da tripulação da missão Artemis II, que irá à Lua entre o final do ano que vem e o início de 2025. É a primeira viagem tripulada ao satélite natural em 50 anos, e a primeira vez que o time não é composto apenas por homens brancos dos Estados Unidos.

A OMS e as vacinas
A Organização Mundial da Saúde (OMS) atualizou suas recomendações sobre as vacinas da Covid-19. A entidade entende que novos reforços são necessários apenas para o grupo de risco. Adultos jovens e saudáveis não precisam de mais do que três doses, segundo as evidências disponíveis. Isso não quer dizer que os reforços não sejam seguros ou eficazes.

Fósseis brilhantes
A Aline Ghilardi compartilhou imagens lindas dos fósseis piritizados, que se formam em ambientes onde há um mineral chamado pirita. Ela também mostrou que é possível ter fósseis azuis com opala na composição e verdes pela presença de esmeralda.

Óvulos masculinos
O geneticista Salmo Raskin destacou um estudo feito em ratos que conseguiu criar óvulos a partir das células da pele de ratos machos. Depois de vários testes, os óvulos foram fecundados com sucesso, com espermatozoides de outro rato. Poucos sobreviveram, mas um avanço do tipo dá asas à imaginação.

Cadê Tereza?
O Maqua, laboratório da Universidade Estadual do Rio de Janeiro que estuda botos, golfinhos e baleias, está documentando a trajetória de um raro golfinho resgatado no mar. Batizada Tereza, ela foi reabilitada e devolvida à natureza com um rastreador pendurado na orelha. E já nadou mais de 600 quilômetros!

Ossos no ninho
O perfil Biodiversidade Brasileira postou fotos de ossos encontrados próximos ao ninho de uma harpia, a gigante ave de rapina que habita nosso território. A publicação rendeu ótimos momentos, como esse meme aqui e gente se questionando porque a ave faria isso (spoiler: ela não faria).

Você viu?

  • Um novo habitat marinho foi descoberto no litoral norte paulista, a apenas seis metros de profundidade.
  • O Pedro Pascal como pseudociências, a thread.
  • Uma nova espécie de aranha, de aspecto impressionante, foi identificada na Austrália.
  • O fio da Mell sobre as “moscas voadoras”, aquelas cobrinhas transparentes que às vezes aparecem na vista.
  • Os sapos que traçam tudo o que veem pela frente, com direito a um kama sutra anfíbio.
  • Uma professora e uma aluna trans fazendo história.
  • As pegadas de um antepassado do jacaré que andou há mais de 250 milhões de anos.

Nota do convidado

A nota se refere ao jogo “Fóssil x Pão”, que desafia os tuiteiros a distinguir essas duas coisas, aparentemente tão diferentes. Clique aqui para conhecer.

Fóssil x pão e os novos caminhos para a divulgação científica
Por Beatriz Marinho Hörmanseder, doutoranda em biologia animal pela Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes)

A ideia surgiu no auge da pandemia, quando paleontólogos que sempre postam fotos de fósseis em suas redes começaram a postar seus pães caseiros. Depois de ficar uns minutos analisando um fóssil que na verdade era um pão notei que dali poderia sair alguma coisa.

Era para ser uma brincadeira descontraída, mas o retorno foi maior do que eu esperava e acabou se tornando uma série com postagens de 2ª a 6ª, ao todo foram 60 posts, 30 enquetes e 30 respostas.

Sempre busquei formas didáticas de compartilhar o conhecimento que adquiri ao longo da minha carreira. O jogo me permitiu explorar questões da paleontologia em formato de curiosidades, como o âmbar fóssil com um rabo de dinossauro com penas, mostrando a ancestralidade direta das aves.

Vejo muitos divulgadores preocupados com a acurácia científica sem antes se perguntar o seu objetivo com o conteúdo, meu objetivo foi apenas mostrar a diversidade de fósseis e sair um pouco da visão restrita de “dinossauros” em formato descontraído, isso me permite explorar outras questões da paleontologia.

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