Novo headset de realidade aumentada da Apple é bom e ruim pra Meta ao mesmo tempo

O lançamento do novíssimo Vision Pro, headset de realidade aumentada e virtual da Apple, trouxe, ao mesmo tempo, tanto um sonho quanto um pesadelo pra Meta.
Novo headset de realidade aumentada da Apple é bom e ruim pra Meta ao mesmo tempo
Arte Rodolfo Almeida
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Raio-x é uma editoria de análise crítica do Núcleo e contém opiniões

O lançamento do novíssimo Vision Pro, headset de realidade aumentada e virtual da Apple, trouxe, ao mesmo tempo, tanto um sonho quanto um pesadelo pra Meta.

A BOA NOTÍCIA. O ponto positivo pra Meta é simples: se a Apple – pioneira de computadores, tablets e, claro, smartphones – entrou pra valer no mercado de realidade virtual, é porque a perspectiva de que humanos vão ficar usando esses aparelhos em suas caras nos próximos anos ficou séria pra valer.

A Apple não lança produtos só por lançar, e esse projeto estava incubado na empresa há anos, inclusive incomodando investidores ansiosos por um novo aparelho capaz de criar de redefinir mercados e, recentemente, mais entusiasmados com inteligência artificial do que com realidade virtual.

Após todos os problemas enfrentados pela Meta, com seus prejuízos bilionários com o metaverso e demissões em massa, o novo headset da Apple, de certa forma, fortalece a visão da Meta, pelo menos na ideia de que as pessoas vão investir nesses aparelhos.

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REALIDADE VIRTUAL é quando o usuário fica imerso em um mundo virtual, interagindo com elementos virtuais, tipo o mertaverso. REALIDADE AUMENTADA é quando o usuário utiliza recursos visuais de um aparelho para interagir com (ou estar ciente sobre) seu ambiente real, com elementos virtuais sobrepostos, sem adentrar em outro "mundo".

A MÁ NOTÍCIA. Sendo curto e grosso: a Apple lançou um produto, ao que tudo indica, incrivelmente superior a qualquer coisa que a Meta já tenha revelado.

A linha Quest da Meta não conseguiu decolar como a empresa queria (estima-se que 20 milhões tenham sido vendidos, mas muita gente compra e esquece dentro do armário), o que fez com que baixasse o valor do Quest 2, por exemplo, e lançasse o Quest 3 para tentar fazer frente à concorrência.

Outra coisa muito importante que pesa contra a Meta: o Vision Pro é um dispositivo de entretimento e produtividade para interagir com aplicativos e mídias, e não para ficar imerso nos metaversos da vida fazendo sei lá o que.

Pode parecer um detalhe, mas na real é uma diferença considerável.

Ao se posicionar mais como um aparelho de realidade aumentada do que realidade virtual, o headset da Apple pode jogar um balde de ácido frio nos planos da Meta de trazer pessoas para um plano virtual inventado, com avatares feios e sem pernas, para o qual a empresa está investindo bilhões de dólares.

SUPERIOR. Os recursos do Vision Pro fazem toda a diferença na hora de um consumidor escolher se vai ou não comprar um treco pra colocar em sua face por horas e horas diariamente.

Pra começar:

  • O Vision Pro não tem nenhum controle, nada – tudo é baseado no próprio headseat (ao passo que os Quest tem controles pra usar nas mãos que acho que pouca gente quer usar);
  • O Vision Pro tem um recursos chamado EyeSight que permite que outras pessoas possam ver seus olhos, o que faz uma diferença brutal para realidade aumentada (quando o usuário ainda tem ciência do seu entorno);
  • A bateria é externa, o que tira um bom peso da cabeça do ser humano, especialmente por quem utilizará por muito tempo;
  • É certamente mais bonito do que o Quest.

Tudo isso vai ter um preço salgado: o valor inicial é US$3.500, e estará nas lojas em 2024 nos EUA.

Apresentando o Meta Quest Pro: um dispositivo avançado de VR para  colaboração e criação | Sobre a Meta
Quest Pro, da Meta
Por Sérgio Spagnuolo
Edição Alexandre Orrico

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