YouTube remove vídeo com alegação falsa de fraude - mas dezenas mais seguem no ar

Ao menos 35 vídeos que trazem menções diretas a "fraude" e "eleições" no título do vídeo continuam disponíveis na plataforma

O Youtube tirou do ar uma transmissão ao vivo que trazia um compilado de vídeos com alegações infundadas sobre fraude no processo eleitoral, como reportado pelo Núcleo na segunda-feira (03.out).

No entanto, dezenas de outros vídeos similares seguiam no ar na maior plataforma de vídeos do mundo, sem qualquer selo ou aviso para os espectadores.

Nem sempre derrubar conteúdo é a melhor alternativa à desinformação – rótulos, alertas e redução de alcance são outras medidas.

Captura de tela da URL onde estava hospedado o vídeo anteriormente

MONITORAMENTO. Com a ajuda do monitoramento da Novelo Data, o Núcleo identificou pelo menos 35 vídeos com alegações de fraude eleitoral.

Outros vídeos do mesmo canal que teve a live removida e de outros perfis que seguem a mesma linha – um apanhado de conteúdos mais curtos de outras redes sobre fraude eleitoral –  continuam disponíveis. Um foi deletado pelo próprio usuário.

AMPLIFICAÇÃO. Um dos vídeos deste mesmo canal, por exemplo, foi publicado há um dia e já tem 97 mil  visualizações. Assim como o anterior, o título do vídeo foi escrito de maneira cifrada, provavelmente na tentativa de evadir a moderação de conteúdo. Em vez de "fraude na eleição", o título aparece como "fraud3 na ele1çã0".

FINTA. Mas não é nem preciso tentar driblar a moderação. Há vídeos com títulos explícitos que continuam disponíveis.

Um dos vídeos, cujo título é "Eleições 2022 #fraude", foi publicado na segunda-feira (03.out) e já acumula 25 mil  visualizações. O canal que o publicou tem 16,8 mil assinantes.

Um outro canal criou uma playlist com pelo menos 60 vídeos de YouTube que alegam fraude no processo eleitoral.

O Núcleo compartilhou com o YouTube, por meio da assessoria de imprensa, uma lista dos 35 vídeos identificados. A nota será atualizada para incluir um posicionamento da empresa.

Reportagem Laís Martins
Edição Sérgio Spagnuolo

Esta reportagem foi feita numa colaboração entre Agência Pública, Aos Fatos e Núcleo Jornalismo para a cobertura das eleições de 2022. A republicação só é permitida com a atribuição de crédito para todas as organizações.

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