Google se ajusta às leis da UE de regulação de redes

Além das novas medidas, o Google lançará um novo Centro de Transparência para que as pessoas acessem informações sobre suas políticas com base em produtos.

Para se ajustar às novas leis da União Europeia que regulam plataformas online, o Google vai tornar seus anúncios direcionados mais transparentes e abrir mais dados sobre como seus produtos funcionam para os pesquisadores.

Essas regras, chamadas de Digital Services Act (DSA) ou Lei de Serviços Digitais, são mais rígidas para 19 empresas com mais de 45 milhões de usuários, incluindo o Google.

CONTEXTO. A DSA passa a valer na sexta-feira (25.ago) e exige que as empresas se esforcem mais para combater conteúdo impróprio, como abuso infantil e informações falsas. Elas também devem ser mais claras sobre como funcionam seus algoritmos, bots e anúncios direcionados, e retirar produtos ilegais ou inseguros de suas plataformas.

Como as Big Techs estão se ajustando às novas leis europeias sobre tecnologia
A UE estima a necessidade de cerca de 230 funcionários para aplicar as leis de conteúdo online e concorrência, uma fração das equipes jurídicas de grandes empresas de tecnologia.

DO GOOGLE. Laurie Richardson, vice-presidente de confiança e segurança do Google, explicou que eles vão ampliar o Centro de Transparência de Anúncios, que é um lugar onde se pode ver informações sobre anunciantes de todas as plataformas do Google.

  • Isso será feito para cumprir as regras da DSA e para oferecer mais detalhes sobre como são direcionados os anúncios na União Europeia.

Além disso, o Google também vai aumentar a disponibilidade de dados para pesquisadores interessados em entender melhor o funcionamento do Google Search, YouTube, Google Maps, Google Play e Shopping. Isso inclui a análise dos riscos associados ao conteúdo que circula na União Europeia.

A empresa americana de tecnologia também mostrará mais sobre suas decisões de moderação de conteúdo, oferecer mais opções para os usuários entrarem em contato com a companhia e melhorar os processos de relatórios e apelações, fornecendo informações e contexto mais específicos sobre as decisões tomadas.

Via Reuters (em inglês)

Texto Sofia Schurig
Edição Alexandre Orrico

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