O The New York Times acionou seu departamento jurídico para solicitar acesso a informações sobre o julgamento de um grande caso de direito concorrencial envolvendo o Google e o governo dos Estados Unidos, que pode mudar a forma como as pessoas fazem busca na internet.
A ação foi apoiada por outros veículos – como Wall Street Journal, Bloomberg, New York Post, entre outros.
CONTEXTO. Segundo o Departamento de Justiça dos EUA, o Google fechou acordos significativos para tornar seu mecanismo de busca como a opção padrão em vários dispositivos, o que, segundo o governo norte-americano, faz parte de um conjunto de práticas para manter um monopólio nesse mercado.
TÁ DIFÍCIL. Jornalistas estão encontrando desafios na cobertura presencial do julgamento, como falta de informações sobre o funcionamento diário das audiências e falta de autorização para gravar ou filmar, sendo obrigados a anotar ou memorizar tudo o que é dito.
Além disso, quase dois terços das respostas e posicionamentos do Google no caso estão sob sigilo, à medida que a empresa busca manter secretos documentos que possam constrangê-la publicamente ou expor vantagens competitivas.
O QUE ACONTECEU. Em uma petição judicial enviada em 16.out, os advogados do NYT enfatizaram a necessidade de acesso mais amplo pela imprensa às exposições do julgamento, as quais o governo alega comprovar práticas monopolistas do Google.
“A necessidade de abertura neste caso — sem dúvida o julgamento antitruste mais importante em décadas, com consequências de longo alcance para o futuro da indústria de tecnologia — é óbvia e difícil de superestimar”, escreveram os advogados do NYT.
PORQUE IMPORTA. Este é um dos casos judiciais mais cruciais para a indústria de tecnologia atualmente.
Os desdobramentos podem ir desde uma vitória do Google, consolidando sua posição, até a empresa sendo forçada a encerrar acordos bilionários.
Sofia Schurig
Via Slate (em inglês)
