Supremacistas brancos estão utilizando o Twitter/X para explorar o conflito Israel-Hamas e amplificar narrativas antissemitas, islamofóbicas e racistas, conforme aponta um novo relatório do Tech Transparency Project (TTP).
SAIBA QUE. O relatório foi divulgado simultaneamente ao engajamento de Elon Musk, proprietário da plataforma, em uma publicação antissemita — o que já aconteceu antes.
SOBRE O RELATÓRIO. O TTP apontou que publicações islamofóbicas e antissemitas estão em crescimento após a guerra entre Israel e o Hamas, assim como posts contendo links para sites fora da plataforma, promovendo conteúdo e discurso de ódio.
Uma das principais narrativas escolhidas pelos supremacistas do X é a teoria da Grande Substituição, que afirma que populações minoritárias tentam substituir a população branca por meio de imigração e miscigenação, aponta o documento.
Segundo o relatório, apesar de violarem a política de conduta odiosa do X, que proíbe “incitar o medo ou espalhar estereótipos temerosos sobre uma categoria protegida”, como grupos raciais, étnicos e religiosos, esses discursos, incluindo o ultranacionalismo xenofóbico e o preconceito racial, continuam sendo publicados.
VALE LEMBRAR. Muitas postagens estão sendo feitas por usuários verificados, o que significa que, além de não sofrerem punições de moderação, essas pessoas ganham dinheiro pelo engajamento em seus posts.
Via Vice e Tech Transparency Project (ambos em inglês)