Anunciantes largam Twitter após terem propagandas exibidas ao lado de conteúdo nazi

Anúncios de Adobe e Gilead Sciences, entre outras, tiveram foram expostos ao lado de um perfil que faz apologia ao nazismo, segundo a Media Matters

Após a organização sem fins lucrativos Media Matters for America ter produzido um relatório que mostrava como anúncios de pelo menos dez empresas estavam aparecendo ao lado de posts de uma conta verificada que publicava conteúdo nazista, duas dessas empresas suspenderam veiculação de publicidade no Twitter.

Após a publicação do relatório, o Twitter suspendeu a conta abertamente pró-Hitler.

Anúncios de empresas como a Adobe, a farmacêutica Gilead Sciences e a Universidade de Nova York, juntamente com um veículo de jornalismo esportivo associado ao New York Times, foram colocados ao lado de um perfil que faz apologia ao nazismo.

TEM MAIS. A monetização da conta pela rede social também ocorreu, segundo a Media Matters for America, apesar de a empresa ter reconhecido que a conta antissemita estava envolvida em “discurso de ódio”.

Desde 13.jul, o Twitter passou a remunerar os usuários verificados. A empresa escreveu em um post no blog de comunidade que a parte dos criadores na receita publicitária dependeria de um cálculo que considera as respostas às postagens e as impressões mensais.

Entre os critérios de monetização para os criadores de conteúdo, o Twitter destaca a importância de seguir os termos de uso da plataforma, os quais proíbem discurso de ódio e conteúdo violento.

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PROBLEMA COM GRANA. Durante uma entrevista em 10.ago, a CEO da empresa, Linda Yaccarino, afirmou que as marcas estão “protegidas do risco de estarem ao lado” de conteúdo tóxico e que “por todas as métricas objetivas, a X é uma plataforma muito mais saudável e segura do que era há um ano”.

Conforme Elon Musk declarou, o Twitter permanece em déficit devido a uma redução de 50% na receita de publicidade. A rede social perdeu mais de quinhentos dos seus antigos anunciantes desde a mudança na liderança da empresa, conforme reportado em jan.23.

Via Media Matters of America (em inglês)

Texto Sofia Schurig
Edição Sérgio Spagnuolo

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