O Google removeu o app de mensagens ICQ de sua loja de aplicativos após duas investigações do Núcleo.
A primeira reportagem, de 22.jun.2023, informou que o ICQ se tornou um veículo para venda de pornografia infantil, com alcance alavancado por links compartilhados em grupos abertos no Facebook.
A segunda reportagem, publicada na quinta-feira (30.jun.2023), mostrou que links com conteúdo sexual envolvendo menores de idade têm destaque na indexação pelos dois maiores mecanismos de busca online, Google e Bing, o que evidenciou a falta de atualização de monitoramentos automatizados desses serviços.


Após as duas matérias do Núcleo, a Folha de S.Paulo também publicou, nesta sexta-feira (30.jun), uma reportagem sobre grupos de pornografia no ICQ.
Questionado sobre a remoção do aplicativo, o Google confirmou a remoção. Confira a resposta da empresa na íntegra:
"O aplicativo mencionado foi analisado e removido por violar as políticas do Google Play.
Os produtos do Google possuem proteções para banir e limitar o acesso a conteúdos abomináveis que retratam abuso sexual infantil e exploração de menores, refletindo seu compromisso de manter seus usuários protegidos
No Google Play, todos os desenvolvedores estão sujeitos às políticas do programa de desenvolvedores. Se uma violação for comprovada, o aplicativo pode ser removido e o desenvolvedor banido da loja. Qualquer pessoa pode denunciar um aplicativo quando houver violação de nossas políticas. Aplicativos que contêm ou exibem conteúdo gerado por terceiros devem obedecer uma série de regras que inclui definição de conteúdo e comportamento questionáveis, moderação robusta, eficaz e contínua, existência de sistemas de denúncia e meios de remoção ou bloqueios de usuários que violem seus termos de uso".