Essa feira de ciências vai deixar até o mais pessimista esperançoso

Conheça projetos criativos e de impacto social dessa garotada que já faz ciência como gente grande

Durante a semana, fez sucesso no Twitter este fio apresentando alguns dos projetos dos nossos jovens cientistas na Febrace, a Feira Brasileira de Ciências e Engenharia. E não é para menos: um projeto mais criativo e transformador que o outro, propostos por alunos ainda no Ensino Médio, com a orientação dos seus também admiráveis professores.

A verdade é que eu destaquei apenas uma pequena amostra. São dezenas de projetos expostos.

Como acredito que eles merecem ser conhecidos, selecionei outros que também chamaram minha atenção.

Confira!

Carun-XÔ

Quem nunca teve a surpresinha desagradável de abrir um pacote de feijão só para descobrir que alguém foi comer antes da você? Os carunchos são besouros que se propagam em alimentos mal armazenados, os deixando impróprios para consumo.

Preocupados com impacto que isso pode ter na fome que volta a assombrar o país, os alunos da Escola Estadual Dário Gomes de Lima, em Flores (PE), propuseram a utilização do óleo do coco catolé, palmeira típica do bioma caatinga, como bioinseticida.

O método de extração do óleo utilizado foi artesanal, o que significa que ele pode ser replicado por famílias da região no tratamento do alimento antes da armazenagem.

Medidor de consumo elétrico para controle via wi-fi

Os alunos da Escola Técnica Henrique Lage, de Niterói (RJ), podem até não ser os responsáveis por pagar os boletos, mas eles sabem bem como os pais andam reclamando...

Para ajudar a gerenciar esse gasto, eles criaram um medidor de consumo de energia em tempo real via wi-fi.

Ao ser inserido na caixa de distribuição de energia da residência, ele permite que o usuário acesse em um aplicativo seu gasto de energia com o valor convertido em dinheiro. Tudo em tempo real.

Escada segura

Toda escada é uma assassina em potencial. Não é brincadeira: de 2003 a 2010, o uso de escadas foi responsável por mais de 17% de todas as fatalidades devido à queda nos EUA. Quem trouxe esse dado foi a aluna Paloma Jardim Silva, da Escola SENAI Jorge Mahfuz, em São Paulo (SP), para explicar por que ela resolveu criar um equipamento de proteção.

Constituído por hastes que formam uma base para melhor anexação da escada, o dispositivo proporciona melhor distribuição das forças aplicadas, e redução das probabilidades de acidentes. Sensacional, hein?

Redes neurais para monitorar a Amazônia

"Os atuais sistemas de detecção de monitoramento de desmatamento dependem de denúncias e imagens de satélite de baixa resolução espacial. Isso se prova muito ineficiente na detecção de operações de desmatamento específicas". Assim o Caio Petroncini, aluno da Escola Internacional Unisociesc, de Florianópolis (SC), descreve o problema que se propôs ajudar a solucionar desenvolvendo uma IA capaz de classificar imagens de satélite de alta resolução.

Cosmetologia verde: hidratante de tomate

Depois de dois anos passando álcool gel nas mãos, muitos de nós sentiram o desconforto na pele. Pensando nisso, alunos da Escola SESI Reitor Miguel Calmon, em Salvador (BA), buscaram desenvolver um hidratante à base de licopeno - antioxidante que pode reparar e/ou prevenir danos às células - extraído de tomates orgânicos. Eles testaram diferentes formulações até chegar ao produto final.

Método mais limpo para tirar ouro do lixo eletrônico

Alunos da Escola Sesi José Carvalho, em Feira de Santana (BA), propuseram uma mudança no processo de extrair ouro de dispositivos eletrônicos descartados, para que a prática seja mais sustentável.

Na reutilização dos rejeitos eletrônicos, materiais como ouro, cobre e prata, entre outros, são retirados de uma maneira agressiva ao meio ambiente, utilizando-se, por exemplo, o mercúrio e o ácido sulfúrico, que eles sugerem substituir por uma solução chamada Solux.

Geoquilombolas

Geoquilombolas é uma plataforma para mapeamento e visibilidade das comunidades quilombolas do Mato Grosso do Sul criada por alunas do Instituto Federal do estado. Elas produziram um mapa interativo e conteúdo nas redes socais.

Vital Brazil e a peste bubônica

No finalzinho do século 19, um surto de peste bubônica preocupou os paulistas, e está na origem do Instituto Soroterápico, depois transformado no Instituto Butantan.

Em mais um projeto na categoria "Humanas", alunos da Escola SESI Anísio Teixeira, em Vitória da Conquista (BA), se converteram em autênticos historiadores, identificando e analisando documentos históricos da coleção especial de publicações do pesquisador Vital Brazil, para investigar como a instituição promoveu o processo de imunização da população.

Outros destaques:

Vidro a partir da casca do ovo

Larvicida com pimenta

Controle das vendas no "fiado"

Companhia para idosos em casa de repouso

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