Apagão da Microsoft

Vamos recapitular uma semana agitada: teve apagão da Microsoft atrapalhando o tráfego, teve terremoto no Chile com tremores no Brasil, e teve uma descoberta em meio ao caos das enchentes no Rio Grande do Sul
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Bom dia! Aqui é a Meghie Rodrigues e hoje vamos recapitular uma semana agitada: teve apagão da Microsoft atrapalhando o tráfego, teve terremoto no Chile com tremores no Brasil, e teve uma descoberta em meio ao caos das enchentes no Rio Grande do Sul. Falamos também do aniversário de César Lattes, que merece ser lembrado e que deixou um legado importantíssimo para a ciência brasileira e mundial. Na nota do convidado, Débora Salles fala sobre os ataques que o NetLab UFRJ tem recebido por fazer seu trabalho. Bora lá?


Lá e aqui
Na quinta-feira, um terremoto que bateu 7.3 na escala Richter atingiu a região do deserto do Atacama, no Chile. Não houve feridos, mas o sismo se fez sentir até na cidade de São Paulo. Teve tremor de prédio e gente assustada (com razão), mas não houve prejuízo. Esses eventos são mais comuns no Brasil do que a gente imagina.

Apagão na Microsoft
Na sexta-feira, uma falha na atualização no software Falcon, da empresa de cibersegurança Crowdstrike, deixou milhões de usuários de Windows mundo afora com tela azul. Bancos, aeroportos e outras empresas foram afetados, mas serviços como Teams e Outlook continuaram funcionando. 

Pode dar muito ruim
Os memes sobre o apagão, como era de se esperar, estavam impagáveis — o que assusta é que uma empresa tenha para si uma fatia tão grande da segurança de informação em nível global. Nessa entrevista, a Nina da Hora explica que isso pode dar um ruim enorme (até porque esse tipo de falha não é raridade).

Depois de enchentes, um dino
As enchentes que assolaram o Rio Grande do Sul trouxeram pelo menos uma notícia boa: pesquisadores da Universidade Federal de Santa Maria encontraram um fóssil de 233 milhões de anos em São João do Polêsine, a 280 quilômetros de Porto Alegre. Sabe-se que o dino é carnívoro e tem cerca de 2,5 metros de comprimento. Acredita-se que ele seja do grupo Herrerasauridae, mas falta descobrir de que espécie ele é. 

Lattes, 100 anos
Este mês, o físico César Lattes (ele mesmo, que dá nome à Plataforma Lattes, do CNPq) completaria 100 anos de idade (nasceu em 11/07/1924). Lattes foi um dos papas da física de partículas (ele identificou o Méson Pi quando tudo o que se conhecia ainda era elétrons, prótons e nêutrons) e deveria ter ganhado um Nobel. O homem, merecidamente, continua sendo inspiração.

👁️
Você viu?

* Águas amazônicas mais quentes.
* Açúcar 'vicia' mais que cocaína?
* Utilidade pública: copo limpo x copo sujo. 🍺
* Já viu esses bichos bocejando?
* A diversidade de mamíferos pelo mundo.
* Um (novo) medicamento para retardar o envelhecimento?
* Bioplásticos super biodegradáveis.
* Qual é o som de uma paisagem? ❤️
* Cai interesse por pós-graduação no Brasil.
* Como diria o Dr. Victor do Castelo Rá-Tim-Bum: "raios e trovões!" ⛰️

Nota do convidado

Quando a ciência se torna alvo

Por Débora Salles, coordenadora de pesquisa do NetLab UFRJ

Quando o Núcleo revelou, no mês passado, que os advogados da Meta desqualificaram o NetLab UFRJ e sua diretora, Marie Santini, para defender a empresa em um processo movido pela Senacom, o laboratório já enfrentava uma forte onda de ataques de parlamentares e influenciadores conservadores.

Fomos convocados para comparecer a uma audiência pública e recebemos um requerimento de parlamentares para fornecer informações sobre nosso financiamento - informações já disponíveis em nosso site.

O processo em que a Meta acusa levianamente o NetLab UFRJ de parcialidade e falta de rigor científico se baseia em evidências de que a empresa permitiu a veiculação de anúncios fraudulentos em suas plataformas, mesmo depois de medida cautelar da Senacom determinando a retirada dos mesmos.

Nesse estudo, o NetLab UFRJ identificou 1.817 anúncios do tipo veiculados nos dois meses seguintes à ordem da justiça.

A empresa, ao invés de responder aos questionamentos da justiça e explicar por que mantém no ar anúncios de estelionatários, preferiu atacar a legitimidade das evidências objetivas que sustentam o processo, e questionar a idoneidade da diretora do laboratório.

Os projetos do NetLab UFRJ que motivaram a reação de conservadores e da Meta têm algo em comum: eles decifram como a publicidade nas plataformas sociais é utilizada por criminosos para aplicar golpes financeiros, roubar dados pessoais ou obter vantagens políticas.

É, portanto, surpreendente que haja oposição à sua realização e seus resultados, tanto do campo conservador quanto das big tech.

Quando a Meta desqualifica a ciência e permite atividades ilícitas e irregulares em suas plataformas, se alia àqueles que usam as redes para aplicar golpes, obter vantagens políticas ou minar a democracia, como vimos recentemente em nosso país.

Fornece também combustível para as narrativas conspiracionistas a respeito do NetLab UFRJ, que é uma referência nacional no estudo da desinformação, e de seus pesquisadores, que convivem com ataques pessoais em suas redes sociais.

Não é papel do NetLab UFRJ investigar quais são as intenções por trás destes posicionamentos, mas é crucial reafirmar, diante dos últimos episódios, que o cenário de absoluto descontrole das redes sociais no Brasil deve ser compreendido e enfrentado, e a ciência é parte fundamental desta batalha.

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