Numa tentativa de aplacar as críticas à gestão Musk e estancar a hemorragia de anunciantes da plataforma, o Twitter publicou um comunicado em seu blog oficial delineando seu “compromisso permanente com o debate público”.
O QUE HOUVE? O texto, sem assinatura, garante que o “Twitter 2.0” segue comprometido com a missão de ser a praça pública da internet.
Cita, especificamente, “brand safety”, ou seja, a segurança que as marcas esperam das plataformas onde anunciam, e diz que esse tipo de segurança está ligado à segurança das pessoas.
O que muda, segundo o Twitter, é a abordagem para a experimentação. “O Twitter abraçou os testes públicos”, explica.
OK, MAS… Em uma lista, o Twitter apresenta algumas garantias. Elas não se sustentam.
O primeiro item da lista afirma que “nenhuma das nossas políticas mudou”, o que é mentira: para citar dois exemplos, a política que impedia o espalhamento de desinformação sobre a COVID-19 foi anulada e pessoas banidas por desinformação foram reintegradas à plataforma.
Em seguida, o Twitter diz que as equipes de segurança e confiança seguem trabalhando para manter a plataforma livre de discurso de ódio e outras irregularidades.
Pode até ser verdade, mas seria mais correto informar que “o que sobrou” das equipes está trabalhando nisso. Sobrou pouca gente e as inevitáveis falhas de moderação já são visíveis.
MAIS RECOMENDAÇÕES. Em nota não relacionada, o Twitter avisou que vai inserir mais conteúdo recomendado (leia-se: de perfis que o usuário não segue) na timeline.
No discurso oficial, é uma tentativa de mostrar aos usuários o melhor conteúdo da plataforma. Na prática, como já seu viu nas redes da Meta, é uma maneira fácil de aumentar o engajamento e o tempo de uso da rede.
Via Twitter (em inglês).